
As férias também serviram para relembrar o amor e ver aquelas pessoas que menos esperávamos. Falo concretamente de uma relação (que diga-se de passagem nada fácil). Chamemos-lhe “Andreia”. Lá diz o ditado que “a culpa nunca morre solteira”, e talvez tenha tido culpa (ou não) no terminar desta.
Na verdade não sei até que ponto se pode considerar “relação”; ambos lutámos (4 meses + IVA) para que assim se mantivesse. A parte dos 4 meses bem juntos dão cerca de 1 e meio e a fracção “IVA” é aquela em que andamos a engonhar até termos uma conversa frontal e dizer “terminou”.
Foi a noite que nos juntou e foi a noite que separou.
Já que falo nisso, nunca cheguei a perceber aquela conversa de “tu foste alvo de muitos jogos aqui dentro”; e na verdade houve muitos acontecimentos nos quais eu até achei que estava a ficar convencido ou andava com a mania da perseguição.
Com tristeza recordo-me como se fosse ontem, da noite em que provocamos admiração, choro e mal-estar em alguns elementos da discoteca por nós frequentada (inclusive em pessoas que estavam a trabalhar e não aguentaram), nessa noite sentir-me usado e confuso porque a “Andreia” olhava nos olhos de quem nos observava “desconsolado” e ria-se como se eu fosse um “troféu”, não satisfeita subiu ao palco da disco com flores e um anel de compromisso; eu no meio daquela situação toda já estava a antever os “capítulos seguintes” e resolvi “esconder-me” mas sempre a ver o que ia acontecer… e quando lá em cima me apresentou como seu namorado eu não estava lá; e acabou por oferecer as flores a uma amiga.
Apercebi-me que havia outros interesses entre eles, amar alguém (acredito); mas ao mesmo tempo que exibia a sua felicidade o objectivo era deitar abaixo outros que num passado a devem ter feito sofrer.
Verdade seja dita que até hoje tenho alguma dificuldade em perceber que tipo de sentimento foi o nosso, terá sido um “jogo”… um sentimento real… uma vingança… ou tudo isso foram apenas coincidências na nossa história? …. Bem não sei, mas pode ser que um dia venha a descobrir a verdade de muitos olhares e atitudes.
Lembro-me com alguma saudade quando passava o dia inteiro (até se tornava “chatinha”) a mandar-me msg’s e a dar dicas do género: “Vai ser uma surpresa como nunca viste”, “Vai ser uma noite muito especial” etc.… e aparecia-me, toda produzida com roupas cheias de brilhantes, que demoravam uma eternidade a fazer, na altura não achava muita piada lol, aliás dizia-lhe muitas vezes que a preferia mais simples sem dar tanto nas vistas. No entanto, era assim que se sentia bem e eu respeitava. Apenas mais tarde (quando rompemos) soube que o fazia para me agradar, pois já havia reparado que algo não estava bem entre nós.
Deixando de falar no que já passou, que isso dava “muito pano para mangas” e não saiamos daqui hoje, quero dizer que entretanto se juntou a outra pessoa, e mais tarde recomeçamos a falar (muito espaçadamente) via telemóvel, e que estas férias sem combinar nada, mais uma vez nos rencontramos… na noite e eu de copo na mão lol.
Soube algumas novidades, que o namoro já havia terminado e que a pessoa que a acompanhava era um pretendente e não iria passar disso mesmo. O mais engraçado (mas sem graça), foi ver o à-vontade com que estávamos que até nos esquecemos do pretendente no bar lol
Não foi com a mesma intensidade e cumplicidade de outrora, mas gostei muito...
É impossível fazer com que no presente os sentimentos sejam iguais aos do passado…
Por outras palavras “É impossível fazer o tempo voltar atrás”