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Um brinde à vida...

por vidanapenumbra, em 30.05.08

Porque se fala de alcoolismo e numa altura em que as crianças sao o mais importante do mundo, vale a pena ver e reflectir

Uma reflexão sobre o problema do alcool

publicado às 16:02


capitulo 2 - Alcoolismo - historia de Paulo

por vidanapenumbra, em 26.05.08

 

Capitulo – 2
            Sempre tive uma vida muito problemática, quando era muito novo o meu pai e a minha mãe morreram num acidente de mota, tudo porque a outra pessoa que conduzia um carro estava embriagada e não viu o sinal de STOP num cruzamento, depois os meus tios ficaram comigo e com os meus irmãos.
            Nunca gostei de estar em casa da minha tia, vivíamos no interior de trás-os-montes; e os mais velhos (que eram a nossa referência) ou estudavam e acabavam por sair dali, ou o futuro seria serem pastores.
Mas o pior de tudo era o meu tio. Era alcoólico, e quando chegava mais “tocado”, mandava-me com a cabeça contra a parede (nunca percebi o porquê), mas andava sempre a discutir com a minha tia. Ás vezes ele estava arrependido e levava-me ao café da aldeia, outras trazia para casa os animais que caçava – raposas por exemplo – e punha-os pendurados no teto e virados de cabeça para baixo para um bidão de lata eu nunca gostei muito mas preferia fingir que era muito giro.
Houve um dia em que o meu tio Leandro, para além de discutir, quis ir mais longe e como já estava bêbado, agarrou numa faca e foi direito à minha tia, esta ao prever o que se iria passar, ainda saiu de casa e correu tanto quanto pôde. Eu e os meus irmãos ao ouvir os gritos da minha tia fomos ter com a vizinha pedir ajuda, lembro-me que já era muito tarde porque no silêncio e calma da noite apenas se ouvia os gritos da minha tia, nós tentamos chegar o mais depressa possível, a verdade é que as nossas pernas eram pequenas para os passos que queríamos e devíamos dar, a vizinha a que íamos pedir auxilio antes de lá chegarmos já se encontrava na porta a tentar perceber de onde vinham aqueles gritos e pedidos de socorro. Lembro-me de não nos deixarem vir a rua de nos tentarem manter lá em casa.
            A aldeia que parecia deserta, de um momento para o outro, estava totalmente acordada, era um entra e sai da casa da vizinha uns passavam a mão nas nossas cabeças, outros diziam: “coitados, não têm muita sorte”, “Aquele Leandro….como é que foi capaz?!”, “…a bebida… sempre a bebida…!!! ”, “Ela era muito bonita…. Será que vai escapar?”,
            Mais tarde acabamos por saber o que realmente havia sucedido: A minha tia esteve no hospital comigo e demoramos muito tempo, o hospital era longe e não havia muitos transportes, o meu tio ao chegar para almoçar, não a encontrou; o ciúme e insegurança levou a que ele estivesse até muito tarde no café da aldeia a beber e quando chegou a casa, depois de muito remoer, e cobiçarem muito a tia lá na tasca; a explicação que encontrou foi a de ela o estar a trair….
            Quando todos nos passavam a mão pela cabeça, e diziam aquelas coisas foi porque, a minha tia tinha ido para o hospital – tinha sido esfaqueada perto da igreja, e nem a casa do senhor foi poupada a tanto sangue –, o meu tio depois de muito resistir foi preso.
 
 
(Continua)

publicado às 14:52

 

Capitulo – 1
 
Antes de começar a chover, estava um dia lindo e nessa tarde de chuva, estava eu em frente à lareira feita em brasas que aquecia a casa; de repente apareceu o Paulo subindo as escadas de mármore e dizendo que queria falar comigo.
            Paulo e eu éramos amigos há alguns anos, o facto de sermos grandes amigos e como irmãos, fazia com que tivéssemos longas conversas, os meus pais não se importavam e as vezes até acabava por ficar a dormir lá em casa, o que para mim era uma alegria.
Paulo era um rapaz super simpático, magrinho, cabelo castanho claro, olhos azuis e tinha um rosto muito “fofinho”, andava sempre de ganga, preto ou branco, pois tudo para ele tinha um significado, quando andava de preto era porque estava mal disposto consigo mesmo, quando andava de branco significava que estava muito alegre, divertido; mas se vinha de ganga azul clara, era porque nesse momento tudo lhe corria “às mil maravilhas”.
            Tudo para ele tinha um significado, os dois fios que trazia ao pescoço por exemplo: o do coração preto, envolto de fios dourados significava o defeito que existia no seu amor, juntamente com este coração tinha uma cruz para Deus o guardar, o outro era um Buda que era da sua mãe.
            Dias antes, tínhamos tido uma conversa sobre a vida dele, em que a tinha contado muito superficialmente.
            Quando chegou e me pediu para falar, não o fiz esperar e fomos ate ao meu quarto, sentámo-nos e disse-me que algumas coisas que me havia dito uns dias antes não eram totalmente verdade, eu, espantado, fiquei a olhar para ele.
            Começou por dizer que ia contar tudo tal e qual acontecera e vindo do passado ate ao presente; disse-me também para não contar a ninguém.
            Antes de me contar algo disse-me que era o melhor amigo que ele tinha, e sempre tivera, pois era o único que o compreendia e confortava, mas eu disse-lhe:
                        - Paulo posso ser o teu melhor amigo, mas também tenho outros amigos, entre os quais está o meu melhor amigo… que agora me anda a decepcionar (disse eu em voz baixa).
                        - Então deixa-me ser o teu melhor amigo disse-me ele a chorar e uma cara de desespero.
                        - Pode ser que talvez um dia venhas a ser, és um amigo a 100% e tens todas as qualidades exigidas a um amigo.
                        - Sabes eu desde há muito que ando para dizer o que sinto neste coração miserável e vazio; parece que quem me rodeia acaba sempre por sofrer. Vais saber da história da minha vida e assim saber as razoes das quais ando sempre triste e sozinho….
                        - Tu não andas sozinho tens-me a mim e a todas as outras pessoas!
                        - Não concordo, porque tu podes ser meu amigo, mas os outros não o são.
            Bem… vim cá para contar a verdadeira historia e para tu saberes o porquê de eu te ter enganado.
                        - Ouve até ao fim sem interrupções por favor. Até porque no final quero-te fazer um pedido. Ok?
                        - Está bem

publicado às 14:50


historia de Paulo - prefacio

por vidanapenumbra, em 26.05.08

 

Nenhum nome dos que aqui estão é verdadeiro, apenas a história.
É uma história verídica, mas muito triste, nela encontram-se muitos problemas que afectavam “Paulo” como as drogas, a amizade, o amor, violações, alcoolismo.
            Aconteceu com Paulo, um amigo meu, mas tudo isto podia acontecer com qualquer outra pessoa. Paulo contou-me tudo ao pormenor pois o seu coração já não aguentava tanta coisa.
            Nesse dia à noite chorei; chorei pois perguntava-me; “como é possível alguém, estragar toda uma vida de outro alguém…?”
            -Este mundo cada vez mais caminha para um precipício – disse eu lembrando-me de uma frase de um autor conhecido “À beira de um precipício só há uma maneira de andar para a frente. É dar um passo atrás.”
            Paulo era realmente meu amigo, pois não contaria as coisas que ele me contara se não confiasse plenamente em mim.
 
 
 
            P.S.  – Espero que se um dia passares por aqui e te reconheceres nesta vida, espero que te lembres que tens e terás sempre um amigo em quem contar e a quem pedires favores, como este de escrever um livro (essa parte talvez um dia +tarde), mas gostava que não continuasses a ir por esses caminhos em que tens andado.
            Não é um livro, mas é muito especial.
            Mas essencialmente quero que tires da cabeça aquilo que disseste no fim, porque não tens culpa daquilo que te aconteceu; foi o destino que te pôs a prova.
            Obrigado por teres confiado em mim.

publicado às 14:40


vida na penumbra

por vidanapenumbra, em 25.05.08

Decidi criar este blog para que um dia mais tarde possa relembrar-me do quanto mudei, do quanto lutei e o quanto ja vivi.

Neste blog, irei por uma historia que me foi contada e que de alguma forma, quero homenagear a pessoa.

Irei falar tambem de algumas coisas, que de me atormentam e que por vezes nao temos como dizer cara-a-cara.

Afinal...  vida na penumbra é uma vida na sombra, escondida

Uma das grandes vantagens dos blogs, é que podemos "confessar", muitos dos nossos medos e angustias e sabermos como agir, e o que se pensa do outro lado.

Certamente, nao ira ter tanta piada como outros que ja vi e estao espectaculares.... mas a seu tempo.

publicado às 15:20


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