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uma musica linda....

por vidanapenumbra, em 28.09.08

 

http://www.youtube.com/watch?v=cK5RPko62Yk

 

 

A primeira vez que ouvi esta musica, foi na discoteca "finalmente" interpretada pela "Samantha Rox", estava muito em baixo, nem percebia o que queria a letra dizer (ou é espanhola ou mexicana), a verdade é que os meus ouvidos selecionavam algumas palavras como "abraça-me" e era o que mais queria naquele momento um abraço, um consolo para dizer que "esta tudo bem". Numa discoteca cheia de gente sorridente, eu sentia-me vazio e as lágrimas caiam-me, apenas queria um abraço. Durante dias lembrei-me desta musica e o que ela significou para mim e sempre que me vinha a memória o refrão e o motivo de me sentir assim era inevitavel.

publicado às 14:41


Férias (continuação)

por vidanapenumbra, em 20.09.08

2ªsemana Setembro

 

(Continuação)

Apesar da semana anterior ter sido espectacular, nada como o nosso lar, a caminha (em que a mãe aconchega-se a nós), e as nossas coisas.
Voltei à rotina mas também à dificuldade que tenho em compreender a minha família e seus hábitos, talvez por não ter sido educado neste tipo de ambiente.
O meu irmão, que não quer fazer nada e dorme durante o dia e pela noite fora anda na vadiagem, enquanto a minha mãe acorda sobressaltada durante a noite e me pede para ir ver se o meu irmão já chegou (ela não dorme e não deixa que eu durma).
A minha mãe todos os dias tem alguma coisa para fazer: ir ao posto médico fazer o penso, o treino (ir para o WC e fazer as necessidades), tomar banho, consultas, ver a família ou simplesmente ir aqui ou ali. Eu como estou tão pouco tempo lá não me importo mas enerva-me ver o meu irmão no sofá enquanto ando para aqui e para ali; então quando digo “mãe hoje vou sair”, arranja mil e uma coisa para se fazer. Acredito que o faça porque se sente mais segura e sempre tem alguém que não seja só para empurrar a cadeira mas também que possa dar uma opinião e explicar. Ela sabe que se me encontrar ao pé dela enquanto ela estiver a “dar nas orelhas” do meu irmão, ele não lhe responde de forma agressiva e se o fizer eu estou lá e falo com ele de maneira a que ele perceba o porque de se estar a agir assim, (vale-me a experiência profissional neste ramo); a minha mãe é uma pessoa muito nervosa e revoltada e por muito que queira não consegue manter-se num determinado tom de voz ou fazer o prosseguimento da conversa no sentido que ela quer e, até onde quer.
 Bem deixando um pouco de lado a família e suas imperfeições, vou contar uma coisa que me fez uma certa confusão. Uma família amiga do nosso lar, foi ter com a minha mãe, que apesar de ter muitas falhas (como todos nós) é muito amiga e boa conselheira para lhe falar de uma questão que a segurança social (que tinha a tutela de uma das irmãs), ter alertado para o facto da menina que esta família cuidava (3/4 anos) ser portadora do vírus HIV. A minha mãe, não sabendo que aconselhar chamou-me na esperança que eu pudesse dizer que deviam fazer e como se orientar. Falei-lhe dos CAT’s que estão espalhados por todo o pais (são anónimos, gratuitos e em poucos minutos se tira as duvidas). Reparei que a Sra. estava em pânico e sem saber que fazer, disse-lhe que iria ver na Internet onde se encontrava o mais perto. Ela agradeceu-me e contou a história toda; parece que a mãe desta pequena já sabia que era portadora deste vírus e mesmo assim teve 3filhos (todos ainda pequenos e cada um de seu pai). Não soube mais nada, apesar de estarmos muitas vezes juntos no café, e por mais que tentasse não conseguia deixar de pensar na pobre criança que veio ao mundo sem culpa nenhuma e reparava que esta menina quando se enervava arrancava os cabelos e se deitava no chão a chorar, ninguém lhe ligava nenhuma pois parecia ser normal (que para mim não o é), sentia-me como se a devesse proteger, (por ser uma bebé e já a considerar de grande coragem por aquilo que mais tarde iria ter de enfrentar), a verdade é que a menina andava sempre atrás de mim para pequenas brincadeiras e miminhos. No penúltimo dia, infelizmente tive conhecimento de mais dois casos deste tipo.
No dia que devia regressar ao trabalho (eu já nos comboios), a minha mãe liga-me para ir ver um carro que me tinham arranjado e que estava segundo um mecânico amigo dela “em muito bom estado”. Fui ver e fiquei com ele, falta passar para o meu nome e tratar de toda a papelada necessária.

publicado às 19:30


Férias - parte1

por vidanapenumbra, em 19.09.08

 

 1ª Semana Setembro

 

      Bem aqui vai um pequeno (grande) resumo das ferias…
      No dia 3, eu e a minha mãe fomos até Moimenta da Beira.
      Em Lisboa (Oriente) nas camionetas começou o stress, não havia transporte só no dia seguinte para aquela localidade, acabamos por ir até Viseu e o meu pai foi-nos buscar, já eram 20h.
      Palavra puxa palavra, percebi que a minha progenitora não era muito bem-vinda por parte da nova esposa e pela enteada do meu pai (que parece que era quem ditava as regras lá em casa); como óbvio que era, não iria deixar a minha mãe para trás ou em outro lado e eu ficar em casa deles; a solução encontrada foi ficarmos perto dele mas numa residencial, a verdade é que (como ela se encontra numa cadeira de rodas), fartei-me de a subir e descer ao colo, por não existir elevador.
      O local onde ficámos instalados, era espectacular tinha restaurante e café com esplanada por baixo, a paisagem era lindíssima, respirava-se natureza, bem pertinho tínhamos um hipermercado e estava relativamente perto de tudo. Ah!... Mesmo em frente tínhamos a GNR, mais seguros não podíamos estar.
      Ficámos lá até dia 7, todos os dias o meu pai ia ao nosso encontro (mesmo que por breves minutos e sempre com desculpas que dava à esposa - ou ia fazer a bainha das calças, ou tinha-se esquecido de qualquer coisa para a festa de aniversário), por aquilo que me apercebi a sua senhora tinha uns ciúmes danados da minha mãe.
      O dia que mais me custou, foi a minha mãe ter que ir fazer o penso ao centro de saúde (que ficava lá no alto) e estar a chover a potes… mas fomos e o que nos valeu foi um senhor de uma loja nos ter visto encharcados e nos ir levar até ao local (uma atitude louvável, inesperada e exemplar porque a maior parte das pessoas não o fariam, ainda mais sem nos conhecer).
      Houve uma tarde que percorri todas as minhas raizes.... Trevões; São João da Pesqueira; Castanheiro do Sul etc, apercebi-me que apesar de serem terras lindíssimas, estão infelizmente muito despovoadas e envelhecidas. Vi a casa onde passei alguma parte da minha infancia, alguns familiares dos quais não tenho grande lembrança e cada sitiu por onde passava recordações e muitas saudades.
      Chegou a grande data, (a festa de aniversario do meu pai), eu e a minha mãe estávamos num grande dilema se por um lado sabíamos que ela não seria recebida com agrado naquela casa, mesmo que com o filho; eu por outro lado não a queria deixar sozinha e distante de mim. Concordámos para que não houvesse problemas, que ela ficava num café ali próximo enquanto eu iria ao almoço e assim ficava tudo bem, os outros satisfeitos por ir sozinho e eu mais descansado (caso houvesse necessidade estava ali perto).
      O almoço correu muito bem e a mulher do meu pai foi muito simpática (tanto andou em pé de um lado para o outro que se foi meter no meio de mim e dele – acredito que por uma questão de cortesia e simpatia), estava lá a minha tia/madrinha e seu marido, os meus tios e seus filhos/meus primos que já nem se lembravam de mim, a enteada do meu pai (que nem sei o que ela me é), que durante todo o almoço esteve a tirar-me “as medidas” (talvez por estar a espera de um outro tipo de pessoa, mais “esgalhado”ou apenas um estilo diferente) e estava também o seu namorado que pareceu-me estar um pouco incomodado com a minha presença (por a sua namorada não tirar os olhos de cima de mim – que eu próprio também estava).
      Os meus tios e primos foram a animação do almoço; a minha tia já por si fala alto, então a beber uns canecos começa a "tagarelar" mais alto sobre a sua vida sexual, o meu tio a fazer-lhe companhia “no bota-abaixo” responde-lhe à altura, os meus primos herdaram dos pais este defeito e estão sempre a “pôr veneno”… estes até tem direito a um desconto, porque infelizmente são doentes mentais; mas desde sempre que conheço esta parte da minha família assim. Realmente com todos na mesa calados ainda foram quem quebrou o gelo e sem dúvida são umas autenticas personagens que fazem rir quem mais sério estiver.
      Depois de comer, a minha madrinha e a nova esposa do meu pai levaram-me a ver a casa, (era uma maneira de me chamar a parte e se justificarem do porquê da mãe não ser bem-vinda). Deram as suas razões e eu as minhas, mas percebi que era por causa dos falatórios do vizinhos e familiares. Fiquei também a saber que os médicos estão desconfiados que o meu pai tenha cancro na traqueia e que houve um dia que se fartou de chorar a noite por eu não estar ao pé dele.
      Fomos beber café (eu, pai, tio e primos) ao local onde estava a minha mãe que ficou contente por ver alguns elementos da família. Tanto insistimos e em especial a mãe, que o pai foi buscar a tia “Xica” (a que fala muito alto). Não se arrependeu de ter insistido para a ver, mas teve que a mandar falar baixo umas quantas vezes.
      O que mais pena me deu, foi a minha mãe lhes ter dado umas moedas (cerca de 2.60eur) e ver os primos quase que andarem a pancada, como se não bastasse a mãe deles a tentar tirar-lhes o dinheiro para ficar com ele.
      Regressámos para abrir o bolo (até porque já estava a ficar tarde para depois apanhar o transporte), mais uma vez a mãe ficou a espera no café. Faltavam pessoas para a festa (enteada e seu namorado), mas cantou-se os parabéns e logo de seguida fomos para o terminal das camionetas.
      O regresso fez-se bem, mas como a minha mãe tinha-se esquecido de combinar com alguém para nos ir buscar, tivemos que ir de táxi (o esquecimento saiu caro 40Eur). Quando chegamos a casa, reparamos que tínhamos perdido metade das coisas – 1 saco de batatas, maquina fotográfica, alcançador, garrafão de vinho etc, (umas no carro do meu pai e outras na camioneta) e como se não bastasse o meu irmão em casa tinha feito um hotel.

 

publicado às 23:15


Voltei de férias

por vidanapenumbra, em 17.09.08

 

      Depois de umas módicas férias, aqui estou de volta ao blog que tantas saudades tinha.
      Confesso que quando iniciei este projecto, as expectativas eram mínimas; foi o lançar de uma pedra e ver o que acontece; agora tenho pena de não escrever todos os dias (o meu tempo também não o permite), contar o que se passou, como foi e o que senti.
      Acredito que quem “lê esta vida”, não sinta (algumas vezes) o que quero exprimir, porque se torna complicado passar os sentimentos para palavras, mas acreditem que para mim tornou-se um pequeno vício, às vezes dou comigo a acender um cigarro, olhar para os textos escritos e relembrar.
      Mas hoje o sentimento é de cansaço de uma longa viagem, de muita informação, e muito trabalho e vim só mesmo dizer, que acabaram as minhas ferias; se bem que ainda tenho dias dos feriados que trabalhei (são tão poucos… fogo).
      Beijinhos e abraços

 

publicado às 23:22


Férias... Yesss

por vidanapenumbra, em 02.09.08

Vou tirar os 50% das férias que me faltam. Começam hoje. Numa semana irei até ao norte. Irei estar com o meu pai (vamos ver como corre - espero que bem hehe), a segunda semana vou até a capital e estar com a familia da minha mãe e tambem aproveitar para fazer as mudanças para a minha nova casa (vou ver se é possivel). Enfim muitos planos.... Será que consigo fazer tudo???

Bem... BOAS FÉRIAS

publicado às 12:46


Abençoado

por vidanapenumbra, em 02.09.08

A quem quer que me esteja a guiar, abençoar e dar força.

O meu muito obrigado

publicado às 00:11


O meu Pai está de volta...

por vidanapenumbra, em 01.09.08

      Hoje o meu pai fez anos…

      Talvez para muitos é uma coisa normal, e sem importância, mas para mim hoje foi como acenar a bandeira branca e dizer “o passado ficou lá atrás”.

      Não posso dizer que os meus pais são um exemplo a seguir porque se aos poucos vou “montando o meu castelo”, a mim o devo. Lutando pela vida, passando por muito e estando longe da família para conseguir objectivos.

      Há muitos anos, que não via o meu pai, nem sabia onde estava ou o que fazia. O ano passado coincidência ou não; eu e o meu pai ficamos doentes, o meu pai teve um AVC e no que me toca a mim prefiro não falar.

      Já muitos anos haviam passado desde a última vez que estivemos juntos…

      Ele deu o primeiro passo para a reconciliação, esteve em Lisboa na altura do natal com os filhos e ex-mulher, bem sei que lhe custou ficar longe da sua terra e nova família (esposa e enteada), ainda por cima numa altura como essa.

      Como se costuma dizer “quando um não quer dois não dançam” e hoje dei eu o passo que faltava tentei ligar-lhe à 1h para lhe dar os parabéns, infelizmente não consegui, mas mandei uma mensagem escrita:

       “Olá pai, tentei ligar ontem a 1h para o 96 e este. Como não consegui… Sei k não é a mesma coisa que estar ai, mas conta a intenção. Muitos PARABÉNS, do teu filho k apesar de não estar presente se lembra mts vezes de ti. Obrigado por estares d volta a nossa vida.”

      A verdade é que enquanto escrevia e relia a mensagem, as lágrimas caiam; (ando a ficar muito lamechas) mas, eram tantos sentimentos misturados que me deu para isso. A saudade, o facto de estar em contacto com o meu pai, o relembrar o passado e as vezes que enquanto puto não lhe dava o devido valor.

      Só posso dizer que sentimentalista ou não, parece que tenho um Deus que me põe a mão em cima e me protege ajudando-me a seguir o caminho correcto, e a ter todas estas ultimas alegrias.

Como disse na mensagem:

Obrigado pai por estares de volta a nossa vida.

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publicado às 21:35


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