Por no último “post”, ter falado em trabalho, vou falar um pouco do meu trabalho. Já tive excelentes relações com as “chefias” do trabalho, neste momento sempre que tenho que regressar ao emprego, a vontade não é muita. Gosto do que faço e sempre quis trabalhar com jovens (independentemente da área), serviço social, psicólogo ou educador social. Infelizmente a vida não me permitiu seguir os estudos universitários, no entanto trabalho na área que gosto.
Para quem lutou e acompanhou o “crescimento/evolução de uma casa”, é complicado ver o tombar da mesma, por coisas pessoais, intrigas e opções erradas para contrariar quem não se gosta.
Acho que acontece com todas as pessoas que á medida que vamos levando “patadas” da “avestruz”, ficamos mais maduros e experientes no mundo do trabalho, e como óbvio, tentamos não cometer os mesmos erros do passado. Para além do interesse, empenho e dedicação ficarem afectados.
Vou dar um dos muitos exemplos que resume aquilo que quero dizer:
Eu achava (e acho), que fazia falta uma sala de brinquedos, onde os mais novos pudessem exprimir-se através de brincadeiras e serem autores e “reis” da sala, então aproveitei (pois iam para o lixo), umas cassetes de vídeo de desenhos animados, uns brinquedos novos e outros já usados e algumas sobras de tintas. As tintas para a parede que mesmo tendo sobrado e que não eram necessárias, fizeram “um pé-de-vento”, (felizmente já tinha pintado), como esse objectivo não conseguiram, resolveram (a mando da “avestruz”), ir ao local onde tinha guardado todo o material e brinquedos, retirá-los do sítio e queimar.
Este é (entre muitos e mais graves), apenas um dos últimos acontecimentos que me entristecem e muitas vezes me leva a querer desistir do meu trabalho. No entanto, levanto-me e não me deixo derrubar, e penso “não trabalho pela “avestruz”, mas sim pelos miúdos e é por eles que tenho que lutar e dar o melhor que posso e sei”.
Mas infelizmente, pergunto-me muitas vezes: "Até quando vou aguentar?"